sexta-feira, 2 de maio de 2008

Muito Tarde

Muito tarde se percebe
Que se desprezou a chance,
Que não se fez o que pôde,
Que não se seguiu adiante...


Muito tarde é que se nota

O quanto se foi mesquinho,

De comportamento tolo,

De gesto deselegante...


Muito tarde se conclui

Que havia uma outra saída
Mais fácil e um outro caminho
Muito mais interessante...


Muito tarde se confessa

A culpa desnecessária,

O choro feito de erros,

O remorso castigante...


Muito tarde se avalia

A palavra inoportuna,

O gesto destemperado,

A atitude ignorante...


Muito tarde, muito tarde

A letra fora de hora,

O verbo fora do tempo,

O efeito desconcertante...

Muito tarde é que se sente

Que não se amou o suficiente...
"Muito tarde é que se vê
Que não se amou o bastante"...



Poesia de Luis Alberto Mussa Tavares -
http://quasepoesia.blogspot.com - médico e poeta =)

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