Muito tarde se percebe
Que se desprezou a chance,
Que não se fez o que pôde,
Que não se seguiu adiante...
Muito tarde é que se nota
O quanto se foi mesquinho,
De comportamento tolo,
De gesto deselegante...
Muito tarde se conclui
Que havia uma outra saída
Mais fácil e um outro caminho
Muito mais interessante...
Muito tarde se confessa
A culpa desnecessária,
O choro feito de erros,
O remorso castigante...
Muito tarde se avalia
A palavra inoportuna,
O gesto destemperado,
A atitude ignorante...
Muito tarde, muito tarde
A letra fora de hora,
O verbo fora do tempo,
O efeito desconcertante...
Muito tarde é que se sente
Que não se amou o suficiente...
"Muito tarde é que se vê
Que não se amou o bastante"...
Poesia de Luis Alberto Mussa Tavares - http://quasepoesia.blogspot.com - médico e poeta =)
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